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Espanha: 10 milhões de trabalhadores participam da greve geral

Por Paul Mitchell
7 de outubro de 2010

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Publicado originalmente em inglês em 30 de setembro de 2010.

Quase 70% dos trabalhadores espanhóis - cerca de 10 milhões de pessoas - participaram da greve geral na quarta-feira. Em alguns setores, tais como nas indústrias de mineração, metalúrgicas, fábricas de automóveis, eletrônicos, pesca, entre outros, a participação chegou a quase 100%. A movimentação também contou com a participação de muitos trabalhadores autônomos e pequenos comerciantes.

Embora o governo tenha tentado minimizar os efeitos da greve, o operador nacional da rede elétrica Red Electrica Corp. disse que o consumo de eletricidade caiu 20%.

A greve foi um golpe para os líderes empresariais, políticos e para a mídia, que diziam que a greve não teria boa adesão. O país teria parado completamente, se não fosse o acordo feito entre o governo e o sindicato, que determinou níveis mínimos de serviços e permitiu que o governo e autoridades locais determinassem quantos aviões, trens e ônibus deveriam circular. Os líderes sindicais deram um passo atrás durante o dia para mostrar que estavam cumprindo com os acordos de serviços mínimos.

Os trabalhadores entraram em greve em oposição às medidas de austeridade e às reformas anti-trabalhistas implementadas pelo governo do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), do presidente José Zapatero.

A greve foi convocada pelas centrais sindicais Comisiones Obreras (CC.OO) alinhado com o Partido Comunista e o Unión General del Trabajo (UGT ) dominado pelo PSOE. É o segundo maior protesto que os sindicatos foram obrigados a chamar neste ano. Mas ele só foi adiante depois que as reformas se tornaram lei, refutando as alegações dos líderes sindicais de que as reformas poderiam ser diluídas pelo Congresso.

Ouvir Ler foneticamente Dicionário - Ver dicionário detalhado 1. substantivo 1. apoio 2. ajuda 3. auxílio 4. sustento 5. manutenção 6. adesão 7. amparo 8. bordão 9. acostamento 2. verbo 1. apoiar 2. suportar 3. sustentar 4. ajudar 5. auxiliar 6. favorecer 7. manter 8. amparar 9. patrocinar 10. custear 11. suster 12. agüentar 13. representar 14. prover às despesas de 15. interpretar O governo teve tempo de sobra para preparar-se para a greve. Uma comissão especial, presidida pelo sub-secretário de Zapatero, Juan José Puerta, foi criada para preparar medidas para acabar com a greve e organizar a implantação da polícia. Durante a greve de ontem, muitos trabalhadores foram feridos, 20 foram presos e milhares foram identificados para julgamento futuro. Um dos incidentes mais graves ocorreu na empresa aeronáutica EADS-CASA em Getafe, onde 9 piqueteiros foram feridos.

A greve começou pouco depois da meia-noite, quando piqueteiros dirigiram-se aos mercados de alimentos forçando o seu fechamento na capital, Madrid, na segunda maior cidade do país, Barcelona e em outras cidades importantes, incluindo Sevilha e Valência.

Trabalhadores do turno da noite nas principais instalações das fábricas de carro, em seguida, entraram em greve. A produção da GM, Ford, Citroën, Peugeot, Nissan, Seat, Volkswagen, Mercedes e Iveco chegou a parar.Trabalhadores da Casa da Moeda Nacional, da fábrica de laticínios Astúrias, da refinaria Castellón, e do maior produtor de petróleo, a Repsol, entraram em greve. Na Andaluzia, os pescadores pararam de trabalhar. Os portos de Valência e Alicante foram paralisados. Grandes empresas na Catalunha, incluindo a Alstom, a Ercros, Pirelli, Delphi, Sony e Yamaha, chegaram a parar.

Na Galiza, os grandes bancos como o BBVA, Banco Santander, Banco Pastor e Caixanova foram fechados, e as principais áreas industriais ficaram praticamente vazias. No País Basco, onde os nacionalistas do Partido Nacionalista Basco têm sido o suporte que possibilita que o PSOE avance com as medidas de austeridade no Congresso, a greve parece ter tido menos impacto.

Jornais da Espanha não foram impressos e as bancas fecharam cedo. A emissora regional de TV Telemadrid deixou de transmitir, como fez o Canal Sur, a TV3 e outros canais.

Oitenta por cento dos trens de alta velocidade da Espanha foram cancelados, todos os trens de média distância deixaram de funcionar, e apenas um quarto dos trens estavam funcionando. Embora os sindicatos tenham garantido que o metrô de Madrid, cenário de uma paralisação total por parte dos trabalhadores contra os cortes de salário no início do ano, operasse em serviço reduzido, trens regionais e serviços de ônibus ficaram parados.

Apenas cerca de 20% dos voos inter-europeus e 40% de outros voos internacionais operaram, novamente apenas por causa dos acordos de serviço mínimo entre os sindicatos e o governo. A companhia de linhas aéreas Ryanair, que alegou que continuaria a funcionar, foi forçada a cancelar a maioria de seus voos para a Espanha e todos os seus voos internos. A transportadora nacional Iberia afirmou que operava com 35% dos seus voos, acordados com os sindicatos

Universidades e escolas estaduais apoiaram a greve esmagadoramente. A coleta de lixo chegou a parar em todas as grandes cidades. Muitas lojas, bares e cafés ficaram fechados. Em Barcelona, o sindicato dos motoristas de táxi afirmou que 90% dos seus membros pararam de trabalhar.

Durante o dia, o secretário-geral do CC.OO Ignacio Fernández Toxo, declarou: "A greve foi um sucesso inquestionável", o que, ele alega, forçaria o governo a recuar. Humildemente, ele pediu ao governo que reveja o orçamento de 2011 que vai ao Congresso hoje, a fim de "corrigir os efeitos perniciosos que a reforma trabalhista está causando no mercado de trabalho".

O secretário da UGT José Javier Cubillo também pediu que o governo faça a "coisa sensata e razoável" e "corrija imediatamente" as suas políticas. Mais uma vez, ele deu ao governo algum espaço para respirar, afirmando que os governos anteriores em circunstâncias semelhantes nunca foram capazes de mudar de rumo "logo no dia seguinte".

O coordenador da Esquerda Unida (IU) Cayo Lara, liderada pelo Partido Comunista, declarou que a greve geral tinha sido um "sucesso completo" e "superou as expectativas mais otimistas". Mas depois ele convidou Zapatero e o PSOE a "abrir os olhos, mudar as políticas econômicas" e conversar com os sindicatos. O governo "tem apoio suficiente da esquerda no parlamento para corrigir todos os erros", acrescentou, advertindo: "Se ele não mudar sua política, o povo espanhol mudará Zapatero ".

Zapatero repetiu sua declaração habitual, de que ele "respeita" os sindicatos e espera começar as negociações entre os sindicatos e os líderes empresariais hoje de novo, como planejado. Ele insistiu, no entanto, que não vai mudar as reformas trabalhistas e as medidas de austeridade - uma mensagem reiterada pela ministra da Fazenda, Elena Salgado, ao longo do dia.

O Ministro do Trabalho, Celestino Corbacho, também elogiou os sindicatos dizendo que eles tinham mostrado "grande responsabilidade" na greve, assegurando que os serviços mínimos fossem realizados em 98,4% dos casos.

Ouvir Ler foneticamente Dicionário - Ver dicionário detalhado 1. substantivo 1. apoio 2. ajuda 3. auxílio 4. sustento 5. manutenção 6. adesão 7. amparo 8. bordão 9. acostamento 2. verbo 1. apoiar 2. suportar 3. sustentar 4. ajudar 5. auxiliar 6. favorecer 7. manter 8. amparar 9. patrocinar 10. custear 11. suster 12. agüentar 13. representar 14. prover às despesas de 15. interpretar O PSOE sabe que seus aliados políticos nos sindicatos convocaram a greve geral de ontem como uma exibição necessária da oposição, antes de participar de novas negociações com os empregadores e o governo, com o objetivo de aprovar as medidas de austeridade. A classe trabalhadora não pode ser enganada por tal farsa. A revolta deve ser lançada contra o aparato sindical oficial, como parte da construção de um novo partido que desenvolva um programa socialista revolucionário.

(traduzido por movimentonn.org)

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