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Bilionários do mundo ficaram 50% mais ricos em 2009
Por Andre Damon
18 de março de 2010
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O ano de 2009 será lembrado por milhões de pessoas
comuns como o ano em que perderam o seu emprego, sua casa, ou
a perspectiva de uma educação. Para os ricos, no
entanto, foi uma mina de ouro.
Bilionários mundiais viram sua riqueza crescer 50%no
ano passado, e suas fileiras incharem para 1.011, dêem comparação
a 793, segundo a última lista de bilionários da
Forbes.
O patrimônio líquido combinado dessas 1.011 pessoas
aumentou para US$3,6 trilhões, 1,2 trilhões de dólares
a mais do que no ano anterior. Em média, cada bilionário
teve sua riqueza aumentada em US$ 500 milhões.
Quatrocentos e três bilionários residem nos Estados
Unidos. Eles constituem apenas 0,00014%da população
total do país, mas controlam 8%da riqueza nacional. Cada
um destes indivíduos tem 300 milhões de vezes mais
riqueza do que a média dos habitantes dos EUA.
A lista inclui 21 gestores de fundos hedge (de alto
risco), que, como um grupo, mais do que compensaram qualquer prejuízo
que sofreram em 2008. Alguns deles, incluindo James Simons, John
Arnold, e George Soros, arrecadaram lucros tanto durante o colapso
quanto na recuperação do mercado.
No topo da lista dos administradores de fundos hedge mais ricos
ficou John Paulson, com US$32 bilhões. Paulson fez bilhões
em 2008, apostando que o mercado imobiliário iria entrar
em colapso, e mais bilhões através da recuperação
da bolsa em 2009.
Apenas um dos 21 gestores de fundos hedge na lista da Forbes
no ano passado foi eliminado. Este foi Raj Rajaratnam do Galleon
Group, preso no ano passado sob a acusação de insider
trading (uso de informação privilegiada por funcionário
de uma empresa para lucrar no mercado de capitais).
Os administradores de fundos hedge James Simons, John Arnold,
e David Tepper tiveram retornos médios de 62%, 52% e 31%,
respectivamente, entre 2008 e 2010. David Tepper fez 2,3 bilhões
dólares no ano passado, enquanto a riqueza de John Paulson
cresceu por volta de US$6 bilhões.
O número de bilionários dos EUA cresceu para
403, contra 359 no ano passado. A região Ásia-Pacífico
teve 234 bilionários listados, contra 130 no ano passado.
A Europa tem 248 bilionários, apesar de ter o dobro da
população dos Estados Unidos.
As 1.011 pessoas desta lista comandam uma quantidade fenomenal
de riqueza pessoal. Suas posses são maiores do que o produto
interno bruto de qualquer país, exceto China, Japão
e Estados Unidos. A riqueza dos 403 bilionários dos EUA
poderia mais do que cobrir o déficit federal dos EUA de
2008, com dinheiro sobrando para os estados.
Embora o número de bilionários na lista esteja
um pouco abaixo do número mais alto alcançado em
2007, 1.125, ele representa uma recuperação fenomenal.
Nesse ritmo, o número de multimilionários, mais
uma vez, atingirá níveis recordes no próximo
ano.
Carlos Slim Helú, o magnata das telecomunicações
mexicano, subiu para a primeira posição na lista
com US$53,5 bilhões, superando os americanos Bill Gates
($53 bilhões) e Warren Buffett ($47 bilhões). A
riqueza dos três homens subiu drasticamente. Ao longo dos
últimos anos, Slim Helú fez cerca de 27 milhões
dólares por dia em comparação com o rendimento
médio diário de $16,50 dos trabalhadores mexicanos.
Os ricos da Índia e da China estiveram entre os que
mais ganharam. "Pela primeira vez, a China continental tem
o maior número de bilionários fora dos EUA",
Forbes disse na sua declaração. Os cidadãos
dos EUA ainda dominam os rankings,mas o troféu já
começa a escorregar."
Os gestores de fundos hedge e investidores na lista se beneficiaram
diretamente dos resgates a bancos, que transferiu grandes somas
de recursos públicos para as contas das maiores empresas
financeiras. Mas os bilionários em todas as outras indústrias
também foram beneficiários indiretos do programa
do governo de transferência de riqueza.
O Wall Street Journal, comentando os números,
escreveu: "Como os ricos mundiais ficam mais ricos? Os mercados
de ações... Em suma, o que o mercado de ações
tirou, o mercado de ações devolveu - pelo menos
para os bilionários".
Mas a recuperação do mercado de ações
em si não é por acaso; foi o resultado direto das
políticas desenvolvidas por ambos os partidos políticos
dos EUA. A ajuda foi financiada por uma política de austeridade
fiscal e pelo elevado desemprego. O rápido aumento na riqueza
dos multimilionários é o resultado do empobrecimento
de dezenas de milhões; Ele é a outra face do desemprego
em massa, pobreza, cortes nos serviços públicos,
e execuções hipotecárias.
Além da ajuda direta do governo aos bancos e super-ricos,
o principal motor da recuperação dos lucros das
empresas e, assim, do mercado de ações, foi o crescimento
da produtividade e a redução do tamanho das empresas.
Em 2009, a taxa de desemprego aumentou de 7,7% para 10%, três
milhões de empregos foram perdidos, e os salários
caíram drasticamente. Milhões de famílias
perderam suas casas e ficaram desalojadas. Mas a produtividade,
a quantidade de produtos que é produzida a partir de cada
hora de trabalho, teve um aumento de 7%.
O dinheiro liberado através da destruição
dos programas sociais, do aumento de produção dos
funcionários, e das reestruturações de empresas
encontrou seu caminho para os bolsos das pessoas na lista da Forbes.
(traduzido por movimentonn.org)
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