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WSWS : Portuguese

Mancha de petróleo da BP atinge costa da Flórida

Por Tom Eley
15 de junho de 2010

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Publicado originalmente em inglês no WSWS em 5 de junho de 2010.

A mancha de petróleo da companhia British Petroleum continua a se espalhar. Na sexta-feira, camadas superficiais e glóbulos de petróleo chegaram ao nordeste da Flórida e suas praias de areia branca, atingindo fortemente a frágil indústria de turismo do estado. Na Louisiana, grandes quantidades de óleo avançaram para dentro de estuários e mangues biologicamente riquíssimos, e as horríveis imagens de pássaros ensopados de petróleo e de animais selvagens mortos continuam a se proliferar.

A BP e a administração Obama desistiram de parar completamente a erupção submarina de petróleo enquanto até que um de dois poços de desvio que estão sendo cavados possam alcançá-la - em meados de agosto, no menos tardar.

Uma nova tentativa de reduzir a taxa de vazamento - que varia de 500.000 galões a 4 milhões de galões por dia de acordo com uma gama de estimativas governamentais e independentes - teve resultados limitados na sexta-feira.

A BP informou que uma tampa colocada sobre uma tubulação recentemente danificada permitiu que parte do petróleo fosse capturado, mas as filmagens indicam que a maior parte continua a sangrar para o Golfo. O comandante da guarda costeira Thad Allen estimou que a tampa estava capturando petróleo numa taxa diária de mil barris, muito abaixo da estimativa oficial de vazamento, que está entre 12 e 19 mil barris. Além do mais, a BP provavelmente aumentou o fluxo diário de petróleo em 1.200 ou 4.000 barris ao cortar a tubulação na quinta-feira em preparação ao posicionamento da tampa.

Os responsáveis afirmam que a tampa, que está conectada por uma nova bomba de sucção a uma embarcação na superfície, pode potencialmente coletar até 90% do petróleo que está formando a mancha. O volume preciso do fluxo permanece desconhecido porque a BP, apoiada pela administração Obama, se recusa a permitir análises independentes, ainda que diversos cientistas tenham dito que existem meios prontamente disponíveis de realizar tal medição.

De acordo com a análise da McClatchy News Service, a BP pode até mesmo ter lucros com o petróleo derramado, mesmo que seu esforço de sugá-lo através da nova tubulação tenha sucesso somente parcial. A companhia pode ganhar até 85 milhões de dólares com o óleo nos próximos 60 dias. O governo federal ganharia muito menos, embolsando 19 milhões de dólares em royalties durante o mesmo período, afirma o estudo.

A sucção do óleo seria interrompida no evento de uma grande tempestade tropical ou furacão. A Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA) sustenta projeções de uma temporada de furacões particularmente severa.

Em 2005, o furacão Katrina - como diversos outros furacões - atravessou o que é hoje o sítio da plataforma Deepwater Horizon. Cientistas discutem que efeitos um furacão poderia ter sobre um grande vazamento marítimo de óleo, mas há um acordo geral de que tal eventualidade arrastaria os danos para muito além do Delta do Mississippi.

Além do dano extensivo na Louisiana, praias na Flórida, Alabama e Mississippi agora sofrem os efeitos da mancha, e são consideradas impróprias para banho. A pesca já foi proibida numa vasta área do Golfo que perpassa quatro linhas costeiras estaduais. Isso porque na semana passada, Obama, fazendo média para a indústria de turismo, conclamava os americanos a visitar a costa do Golfo, declarando que suas praias eram "limpas e seguras."

Ondas e ondas de bolas de petróleo chegaram às famosas praias de Pensacola na sexta-feira, forçando banhistas a se retirarem. David Lucas, de Jonesville, Louisiana, deixou a Praia de Pensacola com um grupo de amigos depois que eles se viram imersos em petróleo que boiava na água. "Havia glóbulos pegajosos por lá", disse Lucas à Associated Press.

No que deveria ser o pico da temporada turística, a Praia de Pensacola foi vista deserta. Wendi Butler, de 40 anos, que se mudou para a cidade costeira antes do vazamento, disse à AP que não consegue arrumar emprego. "Os restaurantes estão cortando funcionários de suas equipes de inverno por causa da mancha" ela disse. "Eles não estão contratando".

As bolas de petróleo têm chegado também à Praia de Navarre, na Flórida. Eddie Kiihnl, que é dono de uma firma de construção, disse que o desastre causou danos à economia da região. "Não é preciso dizer, isto martelou contra os nossos negócios, também", disse ao Pensacola News Journal. "Não estamos fazendo muitos trabalhos porque as pessoas estão antecipando que não tenhamos muitos inquilinos para alugar casas."

A mancha também atingiu praias em Gulf Shores, Alabama, na forma de "esputos de óleo avermelhado." A turista Jennifer Powell, do Kentucky, disse que iria embora e provavelmente não voltaria para uma viagem que havia planejado para o verão. "Não quero meus filhos nadando nisso" ela disse. De acordo com a estação local de notícias, "as equipes de limpeza não estão em parte alguma."

Nesta semana, o Centro Nacional de Pesquisa Atmosférica produziu simulações computadorizadas que sugerem que a taxa de espalhamento da mancha pode aumentar em breve. Depois de ser carregada por poderosas correntes oceânicas, dentro de cerca de três semanas a mancha poderá ter envolvido a Flórida, e em mais 10 dias ela terá aberto caminho para a Carolina do Norte. De lá, ela avançará cerca de 100 milhas por dia em direção ao norte da Europa, de acordo com o modelo.

(traduzido por wsws.org)

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