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Stalin, Trotsky e a greve geral britânica de 1926

Parte 2

Por Chris Marsden
21 de março de 2009

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Abaixo publicamos a segunda parte de palestra apresentada na escola de verão do Socialist Equality Party (Partido da Igualdade Socialista - SEP, sigla em inglês) em agosto de 2007.

As exigências de Trotsky foram suprimidas, rejeitadas e denunciadas com a defesa, feita pelo Comintern, de que o Partido Comunista da Grã-Bretanha se subordinasse à aliança com o Congresso dos Sindicatos (TUC, na sigla em inglês) e sua ala esquerdista, tomando como demanda central do partido e de sua agitação o lema "Todo o poder ao Conselho Geral [do TUC]".

Para entender exatamente que mudança estava sendo imposta, podemos olhar o que o PCGB dizia antes de ser totalmente conduzido pelo Comintern à sua nova linha política. Alguns perigos já estava colocados com a idéia de um Movimento Nacional de Minoria, mas, ainda assim, o contraste é gritante.

Em agosto de 1924, a primeira conferência anual do Movimento Nacional de Minoria convocou a instauração de comitês de fábrica e o fortalecimento dos poderes do Conselho Geral como arma contra o regionalismo. Mas isso foi combinado com um chamado pela luta contra o topo da burocracia sindical. Uma resolução declarava: "Não se pode imaginar que o aumento dos poderes do Conselho Geral terá a tendência de fazê-lo menos reacionário. Pelo contrário, a tendência é que se torne ainda mais reacionário... Podemos evitar que o Conselho Geral se torne uma máquina dos capitalistas. Somente podemos fazê-lo avançar do Conselho Geral para uma Comissão Geral dos Trabalhadores, antes de tudo e fundamentalmente, se desenvolvermos uma consciência de classe revolucionária no corpo de membros do sindicato..."

Escrevendo em 1924 sobre o papel dos esquerdistas, que demandavam relações com a URSS e faziam discursos anti-guerra, John Ross Campbell já alertava: "No entanto, seria uma política suicida se o Partido Comunista e o Movimento de Minoria depositarem muita confiança sobre o que chamamos de ala esquerda oficial... É o dever do nosso partido e do Movimento de Minoria criticar suas fraquezas implacavelmente e transformar o ponto de vista confuso e incompleto dos líderes mais progressistas da esquerda num ponto de vista revolucionário. Mas os trabalhadores revolucionários jamais podem esquecer que sua principal atividade deve ser capturar as massas".

Rajani Palme Dutt escreveu em 1925: "Uma ala esquerda no movimento da classe trabalhadora precisa se basear na luta de classes, caso contrário realizará apenas manobras para confundir os trabalhadores".

Ele declarou que o maior perigo no período futuro seria a habilidade dos "esquerdistas — devido à fraqueza do desenvolvimento revolucionário na Inglaterra e à autoridade e prestígio de suas posições — em ganhar o ouvido das massas com um punhado de frases e promessas, ganhando também em torno de si o movimento das massas em ascenso para, depois, dissipá-lo num fiasco de uma ópera cômica... o Partido Comunista precisa conduzir uma incessante guerra ideológica contra a esquerda, expondo desde sempre toda expressão que traga confusão, ambiguidade, bravata vã, frivolidade e oposição à luta real e sujeição prática à direita".

Mesmo sobre do estabelecimento do comitê anglo-russo, o Workers Weekly comentou:

"Unidade que significa apenas um acordo educado entre líderes é inútil, a não ser que seja apoiada pela pressão das massas. A unidade que se limita a negociações entre Amsterdã e sindicatos russos apenas alcança a superfície da questão... Vastas massas trabalhadoras em todos os lugares avançam vagarosamente. Os líderes que estiverem em seu caminho serão varridos. A luta de classes não pode se limitar a uma troca de cartas diplomáticas".

A luta política contra os esquerdistas estava ligada a uma orientação revolucionária. Depois da Sexta-feira Vermelha, em 1925, J.T. Murphy escreveu que a greve geral havia sido adiada mas ainda era inevitável: "Nos deixem expressar claramente o que significa uma greve geral. Só pode significar a derrubada de todo o poder à disposição das mãos do Estado capitalista. Ou esse desafio é um gesto... ou ele precisa se desenvolver em uma luta real pelo poder..."

Sob a tutela de Stalin, Zinoviev e companhia, tais críticas foram abandonadas e a perspectiva revolucionária previamente avançada foi denunciada como ultra-esquerdismo e trotskismo.

Stalin ora identificava a revolução com o Conselho Geral do TUC — insistindo em janeiro de 1925 que a "ruptura incipiente entre o Conselho Geral do TUC e o Partido Trabalhista" era um sinal de que "algo revolucionário... se desenvolve na Bretanha" —, ora rejeitava qualquer possibilidade de revolução, escrevendo no Pravda em março que o capital havia "se libertado do pântano da crise do pós-guerra", o que criou "um tipo de calmaria."

O PCGB se comprometeu com esse ponto de vista. Uma resolução denunciando Trotsky foi enviada à Moscou e um artigo de Bukharin atacando Trotsky foi publicado no Communist Review de fevereiro de 1925, com um comentário editorial descrevendo-o como "uma brilhante contribuição à teoria e prática do leninismo."

Em março e abril, uma plenária conjunta da executiva do Comintern e do comitê central do Partido Comunista Soviético foi realizada para organizar a campanha contra o "trotskismo." Tom Bell relatou que o PCGB não "hesitou" em associar-se à direção do partido soviético.

O Workers' Weekly de 5 de junho de 1925 relatou que o Congresso do PCGB não havia dado qualquer "suporte ao otimismo revolucionário daqueles que sustentam que estamos às vésperas de imediatas e vastas lutas revolucionárias. Reconheceu que o capitalismo havia se estabilizado temporariamente."

A segunda conferência anual do Movimento Nacional de Minoria em agosto fez de sua exigência central a garantia de plenos poderes ao Conselho Geral do TUC, praticamente sem qualquer crítica.

Dutt, escrevendo em novembro para desculpar os aliados de esquerda do Comintern por não terem se oposto às expulsões de comunistas do Partido Trabalhista em 1925, explicou que eles careciam de "auto-confiança." A "superação dessa fraqueza" era "uma tarefa essencial para o futuro", declarou.

Três dias antes da erupção da greve geral, em 30 de abril de 1926, Murphy escreveu na capa do Workers' Weekly: "Nosso partido não tem posições dirigentes nos sindicatos. Não está conduzindo negociações com os empregadores e o governo. Somente pode dar sugestões e dispor suas energias aos trabalhadores — liderados por outros... Sustentar quaisquer perspectivas exageradas sobre as possibilidades revolucionárias desta crise e visões de uma nova liderança 'se levantando espontaneamente em meio à luta' é algo fantasioso..."

[Citações retiradas de Essays on the History of British Communism, M. Woodhouse e B. Pearce, New Park, 1975]

O papel do PC em desarmar a classe trabalhadora evidencia-se na declaração subseqüente de Murphy, onde se afirma que "o choque" da traição da greve "era grande demais para tornar possível a rápida construção de uma nova direção."

O mesmo é válido para os comentários de George Hardy, secretário em exercício do Movimento de Minoria Nacional durante a greve geral. Em suas memórias, diz que "apesar de sabermos da traição que os líderes da direita eram capazes de realizar, não entendíamos claramente o papel dos assim chamados esquerdistas na direção do sindicato. Eles acabaram se provando sacos de ar e capitularam à direita. Aprendemos uma grande lição: ao desenvolver oficialmente um movimento em direção à esquerda, o principal ponto de preparo precisa ser sempre o desenvolvimento de uma liderança com consciência de classe na base dos membros."

Tais declarações demonstram que, privada de qualquer orientação revolucionária pelo PCGB, a classe trabalhadora não tinha qualquer possibilidade de se armar contra os esquerdistas, que eram continuamente elogiados sob ordens do Comintern.

Dessa forma, os esquerdistas foram capazes de assumir um papel direto e instrumental na traição da greve. O direitista Thomas, da União Nacional de Ferroviários, estava encarregado das negociações com o governo e trabalhava deliberadamente para assegurar a derrota. Mas os esquerdistas permitiram que ele o fizesse, em condições onde milhões não possuíam qualquer confiança no Conselho Geral do TUC ou na liderança do Partido Trabalhista. O presidente do Comitê de Organização da Greve era Purcell, enquanto Swales negociava ao lado de Thomas com o governo Baldwin. Hicks e outros também ocupavam postos-chave.

Os líderes do PCGB tiveram sucesso em transformar o partido em um subgrupo de esquerda dentro da burocracia sindical, enquanto os sindicatos russos serviam de meros advogados da militância industrial. Todo o aparato da Internacional Comunista estava mobilizado para negar a necessidade da greve geral ser conduzida como uma luta política contra o Estado e para insistir que a união sindical sozinha podia trazer a vitória.

Quanto aos líderes do PCGB não terem sido avisados sobre a traição dos esquerdistas, isso é simplesmente mentira.

Trotsky escreveu em 6 de maio, em meio à greve, em seu prefácio à segunda edição alemã de Para Onde a Bretanha Está Indo?: "Nunca foi possível atravessar uma torrente revolucionária montado no cavalo do reformismo. Uma classe que entra na batalha dirigida por líderes oportunistas está compelida a mudá-los, mesmo estando sob fogo inimigo."

O PCGB procurou suprimir esses avisos. Para Onde a Bretanha Está Indo? não foi publicado na Inglaterra até muito depois da traição do TUC.

 

Brian Pearce era um membro do Grupo de História do PCGB, ao lado de E.P. Thompson e Eric Hobsbawm. Foi recrutado para o movimento trotskista por Gerry Healy após o discurso secreto de Kruschev em 1956 e escreveu alguns dos melhores textos sobre a Greve Geral e a história do Partido Comunista. Ele observa que o prefácio citado acima da edição americana de "Para Onde a Bretanha Está Indo?" foi omitido, assim como todo o parágrafo seguinte: "A mais importante tarefa dos participantes verdadeiramente revoluciónários da greve geral será lutar resolutamente contra todo sinal de traição e expor implacavelmente as ilusões reformistas."

Graças ao Comintern, a greve geral foi dirigida não apenas por pessoas que não acreditavam na revolução, mas por uma liderança que era a oponente mais resoluta e determinada da revolução. A atitude do TUC quanto à greve, e consequentemente o serviço prestado ao TUC pela facção de Stalin do Comintern, foi resumida por Thomas no parlamento em 13 de maio, um dia após a traição da greve. Ele disse: "O que eu temia sobre esta greve mais do que todo o resto era: se por algum motivo ela escapasse das mãos daqueles capazes de exercer algum controle, todo homem são sabe o que teria acontecido... Esse perigo, esse medo estava sempre em nossas mentes..."

A greve ocorreu somente porque o TUC foi lançado numa disputa que não podia evitar e o governo queria uma disputa para a qual tivesse se preparado com grande antecedência. A Comissão do Carvão, indicada pelo governo e liderada por Sir Herbert Samuel, se manifestou em 10 de março recomendando cortes salariais e restruturação. No dia 8 de abril, os mineradores pediram ao TUC que apoiasse seu lema "nem um centavo a menos de salário, nem um minuto a mais de trabalho" [not a penny off the pay, not a minute on the day] e a não-retirada dos acordos nacionais. O Comitê Especial do TUC apoiou uma redução nos salários e recomendou maiores conversas.

Chamadas por paralisações do trabalho foram coladas em toda área mineradora no dia 16 de abril, marcadas para durar 14 dias. O governo exigiu que os mineradores aceitassem o relatório da Comissão do Carvão e o Conselho Geral concordou com o governo. Mas os mineradores recusaram. As paralisações começaram em 30 de abril e o Rei assinou uma Proclamação Emergencial para o 1 de Maio.

Thomas explicou que "implorou e implorou" como nunca. "Nós primamos, nós apelamos, nós imploramos por paz, porque queremos paz. Ainda queremos paz. A nação quer paz", disse. Mas a paralisação continuou.

No dia 1 de maio, o TUC realizou uma conferência especial e anunciou planos para a greve, indicada para 3 de maio. O chamado de greve foi aceito pela maioria massiva dos presentes na conferência. Os líderes sindicais continuaram a fazer esforços desesperados para alcançar um acordo entre governo e proprietários de minas. Mas quando os impressores do Daily Mail recusaram um editorial condenando a greve geral como "um golpe revolucionário que só pode ter sucesso com a destruição do governo e a subversão dos direitos e liberdades do povo", o primeiro ministro Stanley Baldwin usou isso como pretexto para cancelar as negociações.

Ele disse ao presidente do comitê de negociação do TUC: "É um desafio direto, um desafio direto, Mr. Pugh, e não podemos continuar. Eu sou grato a você por tudo o que fez, mas essa negociação não pode continuar. Adeus. Este é o fim". Disse ainda a Walter Citrine: "Bom, foi bom conhecer você e eu acredito que, se vivermos, nos encontraremos de novo para resolver o assunto. Se vivermos."

Em seguida, mostrou a ambos a porta de saída.

A greve começou em 3 de maio e atingiu imediatamente os transportes, impressão e indústrias produtivas — aço, metal, químicos pesados, comércio de materiais de construção, eletricidade e gás. Envolveu quatro milhões dos cinco milhões e meio de trabalhadores organizados nos sindicatos.

Os trabalhadores responderam não apenas por simpatia aos mineradores, mas por saberem que seriam os próximos. Muitos lembraram da declaração de Baldwin em 1925 durante negociações com os líderes dos mineradores, afirmando que "todos os trabalhadores deste país precisam aceitar reduções salariais para ajudar a colocar a indústria em pé".

A Organização pela Manutenção dos Suprimentos (OMS) foi acionada, focando sua atenção em manter o transporte funcionando. Os navios de guerra Ramillies e Barham foram chamados de volta do Atlântico e ficaram ancorados em Mersey. Além deles, outros também foram ancorados na maioria dos grandes portos.

Em 6 de maio, Baldwin descreveu a greve como "um desafio ao parlamento" e "o caminho à anarquia." O advogado atuante na corte superior, Sir John Simon, disse à Câmara Baixa do parlamento que a greve era ilegal e os grevistas haviam quebrado seus contratos. Assim, disse ele, a Lei de Disputas Comerciais de 1906, que protegia sindicalistas individuais e fundos sindicais de danos externos, não era mais válida. No dia seguinte, o TUC se encontrou com Sir Herbert Samuel e a Comissão do Carvão, onde fez propostas para encerrar a disputa. Essas propostas, no entanto, foram rejeitadas pela Federação de Mineradores.

Do ponto de vista da classe dominante, e em contraste com a covardia do TUC, se tratava de uma verdadeira guerra. Eles organizaram uma força de centenas de milhares de homens — a OMS, 240.000 tropas especiais, as forças armadas — para quebrar a greve. Para citar apenas as duas maiores ofensivas: no dia 8 de maio, logo pela manhã, mais de cem caminhões formaram um comboio escoltado por mais de vinte carros blindados carregando soldados para manter o fluxo de suprimentos nas docas de Londres. Caminhões quebraram a linha de piquete e transportaram comida para Hyde Park. Além disso, o governo também tentou usar a OMS nas docas em Newcastle com o apoio das armas de dois destróieres e um submarino, provocando a fuga dos funcionários portuários que cuidavam dos alimentos. A ação da polícia causou confrontos por todo o país.

Se tratava de uma situação pré-revolucionária? Permitam que eu leia a seguinte passagem, um tanto longa, sobre o tipo de conflito que se desenvolveu, no relato de Christopher Farnam (The General Strike 1926, Panther, 1972).

"Piquetes de massa aglutinaram-se nas vias principais da saída ao leste de Londres antes das sete horas na manhã de terça-feira. Durante o dia, filas de veículos suspeitos de carregar suprimentos ou trabalhadores administrativos para dentro ou fora da cidade eram parados e frequentemente destruídos. Vários veículos foram incendiados, outros foram jogados no rio. Depois de uma noite de intensas batalhas de rua, trinta vítimas civis foram levadas ao Hospital em Poplar. Um homem morreu na manhã de quarta-feira...

"Na noite de terça-feira também ocorreram distúrbios em Newcastle e em Chester-le-Street perto de Durham, onde a polícia atacou uma multidão que tinha invadido a estação ferroviária."

Na quarta-feira, "ocorreram mais ataques da polícia em Poplar e Canning Town, além de choques violentos no Túnel Blackwall, onde carros foram amassados e incendiados. Em Hammersmith sete ônibus foram destruídos, grevistas e fascistas lutaram ferozmente e a polícia fez quarenta e três prisões. Ataques contra bondes e ônibus também levaram a embates esporádicos em Leeds, Nottingham, Manchester, Stoke, Liverpool, Glasgow e Edimburgo. Em Sheffield, quatro homens foram presos por porte ilegal de armas.

 

"Na quinta-feira, ocorreram mais enfrentamentos na saída leste. Em Elephant e Castle a polícia montada atacou uma multidão nervosa que perseguia um ônibus que, ao desviar dos piquetes de greve, bateu numa calçada, matando um homem. Na mesma área, outro ônibus foi incendiado. O correspondente londrino do Manchester Guardian Bulletin relatou que 'As coisas parecem mais sérias hoje com as ruas mais vazias por conta da adesão dos taxistas. Há mais ônibus agora, cada um com um ou dois policiais ao lado do motorista. Um novo plano dos grevistas foi tentado esta manhã em Camberwell; algumas mulheres colocaram seus bebês na estrada no caminho de transportes comerciais e, quando os carros pararam, homens pularam sobre os estribos e retiraram os motoristas, esmagando a maquinaria dos veículos'. Ocorreram novos enfrentamentos em Nottingham quando os grevistas tentaram marchar até as fábricas onde o trabalho ainda ocorria e grevistas enfrentaram a polícia em batalhas acirradas em Cardiff, Ipswich e Leeds...

"Uma multidão de 4.000 homens quebrou suprimentos e estações de passageiros em Middlesbrough e acorrentou caminhões aos trilhos de trem. Enquanto a marinha lutava para quebrar a linha, a luta também emergiu no terminal de ônibus e perto de uma delegacia de polícia... Em Aberdeen a polícia atacou com golpes de bastão uma multidão de mais de 6.000 pessoas que quebrava as janelas dos ônibus e trens que passavam...

"Na sexta-feira, houve nova violência em Polar, Ipswich, Cardiff e Middlesborough, além de distúrbios em Sheffield, Newark e Darlington. Uma multidão de 1.500 demoliu um muro de tijolos em Wandsworth para obter mísseis e um membro dos British Fascisti [Fascistas Britânicos] quase foi linchado quando dirigiu deliberadamente sua van em direção a uma multidão de manifestantes em Wormwood Scrubs, ferindo gravemente um homem".

Em Hull, "conforme a revolta se espalhava, vagões eram atacados e queimados, autoridades civis apelavam à ajuda do Capitão do Ceres, o cruzador leve responsável pela proteção das Docas de Hull. Enquanto cinquenta de seus homens enfrentavam a multidão com rifles e baionetas, o capitão se dirigiu à eles do mezanino da prefeitura, explicando que era seu dever resguardar a propriedade da cidade e avisando que se outro vagão fosse atacado iria posicionar marinheiros em todos os vagões."

Continua

[traduzido por movimentonn.org]