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WSWS : Portuguese

Falência da GM vai devastar comunidades

Por Tom Eley
13 de junho de 2009

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Publicado em inglês no WSWS em 2 de junho de 2009

Junto com seu pedido de concordata na segunda-feira, a General Motors anunciou que fechará nove plantas e colocará três outras em suspensão indefinida. A GM também quebrará contratos com mais de 2.100 concessionárias automotivas. Os fechamentos e demissões foram ditados e planejados em detalhes pelo Casa Branca de Obama e sua força-tarefa para a indústria automobilística.

Os fechamentos irão devastar cidades em Michigan—onde metade deles ocorrerão—, Indiana, Ohio, Delaware, Tennessee e Virginia. Entre 18.000 e 20.000 trabalhadores perderão seus empregos, de acordo com a GM. Esses trabalhadores serão jogados no pior mercado de trabalho desde a Grande Depressão. Além disso, inúmeras concessionárias fecharão em todos os EUA.

O Estado de Michigan, há muito sede da GM, será fortemente atingido. Michigan já possui a maior taxa de desemprego dos EUA.

Seis fábricas serão fechadas no estado. A Pontiac Ônibus e Caminhões fechará em outubro. Fábricas de transmissão em Livonia, Flint e Ypsilanti serão fechadas em dezembro de 2010. Uma fábrica de modelação de aço da Grand Rapids já havia sido designada para fechamento, e encerrará suas operações neste mês.

A modelação de aço da Pontiac e as fábricas de montagem de Lake Orion, propriedades da GM, serão postas em suspensão. Os trabalhadores podem ser reconvocados no caso—pouco provável—da demanda por veículos da GM crescer. Um jornal relatou que os trabalhadores parados receberiam 75% de pagamento por um “número limitado de semanas.”

Separadamente, a GM demitiu 64 trabalhadores em seu Centro de Soldagem Grand Blanc perto de Flint, Michigan. Jeff, um trabalhador da planta de montagem da Pontiac, explicou ao Word Socialist Web Site como soube do fechamento. “Eles nos disseram essa manhã,” ele disse. “Um cara da administração fez um discurso sobre a falência da GM e então disse que lamentava informar que essa era uma das fábricas sendo fechadas em outubro. O sindicato nem sequer veio ao encontro. Eles não nos deram qualquer informação sobre as aquisições. Nós não sabemos nada.”

Justin, outro trabalhador da fábrica de montagem da Pontiac, se disse aterrado pelo fechamento que virá. “Tenho três filhos pra alimentar,” ele disse. “Preciso encontrar um jeito de cuidar deles.”

O Estado de Ohio perderá um armazém de serviços e peças da GM em Columbus, uma fábrica de transmissões em Parma ao final de 2010, uma fábrica de modelagem de aço em Mansfield em algum momento do próximo ano. Uma fábrica de modelagem de aço também será fechada em Indiana, em Indianapolis.

A última fábrica automotiva na costa leste desaparecerá com o fechamento da planta da GM em Wilmington, Delaware, que produziu carros para Saturn e Pontiac, duas linhas da GM que serão vendidas e provavelmente desaparecerão. No dia primeiro de maio a GM fechou sua fábrica de transmissões em Massena, Nova Iorque. Um armazém de serviços e peças também fechará nos arredores de Boston, Mass.

Duas fábricas fecharão no sul. Uma fábrica de montagem em Spring Hill, Tennessee será posta em suspensão. Uma fábrica de transmissões em Fredericksburg, Virginia, será fechada. Além disso, um centro de distribuição dos armazéns será fechado em Jacksonville, Florida. A planta de Shreveport, Louisiana que produz veículos Hummer não foi designada para fechamento, mas sua demissa é provável, já que a GM está tentando vender a marca.

Ao final de 2010, a GM terá apenas 34 plantas nos EUA, contra 47 ao começo do ano atual.

A GM ainda parará quase todas as suas fábricas por 11 semanas nesse verão para reduzir a produção.

As plantas suspensas em Spring Hill, Tennessee, e Lake Orion, Michigan, junto com uma planta anteriormente fechada em Janesville, Wisconsin, serão provavelmente postas umas contra as outras na competição pela produção de um novo carro subcompacto, de acordo com relatos da mídia.

O fechamento da Pontiac Ônibus e Caminhões, também conhecida como Fábrica Pontiac Leste, devastará a cidade de Pontiac, Michigan, que já está empobrecida por décadas de fechamentos de fábricas e demissões. Cerca de 1.100 trabalhadores perderão seus empregos.

A Pontiac perderá cerca de 20% de seu valor taxável, ou cerca de $10 milhões, disse Fred Leeb, o administrador financeiro emergencial da cidade designado pela governadora Democrata de Michigan, Jennifer Granholm. Leeb foi rápido em anunciar que a classe trabalhadora de Pontiac pagará o preço pelo fechamento. “Tememos que será preciso cortar ainda mais profundamente,” disse ao Detroit News. “E teremos de pedir concessões aos sindicatos [da cidade].”

O Detroit News observou que as conseqüências dos fechamentos na Pontiac se alastrarão. “Espera-se que o efeito em onda seja sentido não apenas nos cofres de impostos da cidade, mas nas casas que ainda não foram vendidas e espaços para lojas e escritórios—incluindo no distrito empresarial do centro—que permanecem vagos,” relatou.

O supervisor da subdivisão de Orion, Matthew Gibb, disse ao Detroit Free Press que a cidade seria fortemente atingida. “Nós temos um orçamento operativo de $6,2 milhões e teremos sorte se tirarmos uma renda de $5 milhões no próximo ano,” ele disse. “Algo tão simples quanto a biblioteca depende disso.”

As elites políticas locais em Michigan estão lutando umas contra as outras para transferir o fardo da falência da GM para trabalhadores em cidades vizinhas. O prefeito Democrata de Detroit, David Bing, anunciou que considerará um pacote de incentivos de imposto para manter o quartel general corporativo da GM na cidade, e lutar contra um lance rival vindo de Warren, Michigan.

Mansfield, Ohio perderá sua planta Ontario da GM e cerca de 1.200 empregos. Com cerca de 50.000 moradores, a cidade já precisa enfrentar um déficit orçamentário de $1 milhão para o ano atual.

Quase 700 trabalhadores de GM perderão seus empregos em Indianapolis. Menos do que 6.000 operários da GM permanecerão em Indiana. Em 1981 eram 48.000.

Jeff, que trabalhou por cinco anos na Pontiac Ônibus e Caminhões, disse que duvidava que as demissões em massa lançariam um renascimento da indústria, como o presidente Barack Obama declarou.

“Isto não salvará a indústria,” ele disse. “Eles reviraram a Delphi e demitiram milhares e isso não parou a falencia. Aconteceram más decisões de administração, mas os bancos criaram condições para que a indústria automobilística falisse. Ninguém está comprando veículos; houve um declínio de 50%. Como as pessoas vão comprar carros se estão perdendo seus carros e moradias?

“Wall Street recebeu trilhões do governo. Todos esses caras nas finanças ganham os seus bônus. É patético. Agora alguém vai ao banco graças ao que está acontecendo com a GM e a Chrysler. Serão os investidores e pessoas que já estão ricas, não eu e você.”

[traduzido por movimentonn.org]

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