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Pedidos de auxílio-desemprego batem recorde nos EUA

Por Barry Grey
17 de fevereiro de 2009

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Publicado originalmente em inglês no wsws em 13 de fevereiro de 2009.

Os números dos pedidos de auxíliodesemprego publicados na quinta-feira (12/02) revelam que a economia dos EUA e de todo o mundo se afundam cada vez mais em uma depressão em escala jamais vista, aumentando a miséria da classe trabalhadora em todo o mundo.

O Departamento do Trabalho dos EUA relatou, pela segunda semana consecutiva, que mais de 600.000 trabalhadores do país mantiveram os novos pedidos de auxílio-desemprego, levando o número total de pedidos para o assustador recorde de 4.810.000. Os pedidos reincidentes aumentaram mais de 2 milhões no último ano, alcançando o mais alto patamar desde que começaram as estatísticas.

Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego totalizavam 623.000, pouco menos que os 631.000 levantados na última semana. O último levantamento semanal foi significativamente maior do que o de 610.000 esperado pelos analistas. Os novos pedidos de auxílio praticamente dobraram, se comparados com um ano atrás.

O levantamento mensal de pedidos aumentou em 24.000, atingindo 607.500, o mais alto desde novembro de 1982, quando os EUA passava por sua mais severa recessão desde os anos 1930.

Além disso, 1.5 milhão de pessoas está recebendo auxílio de um programa de extensão de compensação de desemprego aprovado pelo comgresso no último ano, deixando o número total de desempregados próximo dos 6,3 milhões.

Na última semana, o Departamento do Trabalho dos EUA relatou que o corte de empregos em janeiro foi de 598.000, ampliando o total de empregos cortados nos EUA desde o início da recessão em dezembro de 2007 para 3,6 milhões. Quase metade desse total ocorreu nos últimos três meses e as estatísticas de pedidos de auxílio-desemprego em fevereiro evidenciam que a hemorragia se desenvolve aceleradamente.

A taxa oficial de desemprego para janeiro foi a maior em 16 anos, em 7,6%. Mas, tal número exclue desempregados que já desistiram de procurar emprego e aqueles que trabalham apenas meio período, mas que procuram um período completo de trabalho. Assim, sem dúvida, os números são muito superiores.

Como noticiou o Washington Post na quinta-feira, empresas e agências estatais desafiam o direito dos demitidos de receber auxílio governamental e benefícios como jamais se viu antes. O Post citou o estudo do Departamento do Trabalho que mostrava que mais de um quarto dos pedidos feitos pelos demitidos eram contestados pelas empresas ou autoridades estatais.

Nos últimos dias, as maiores coorporações nos EUA e a nível mundial têm anunciado cortes de empregos, incluindo a japonesa Pioneer (10.000), a montadora francesa Citroën (12.000), a montadora japonesa Nissan (20.000), a General Motors (10.000), a fornecedora para automóveis americana BorgWarner (4.500), o gigantesco banco suíço UBS (1.500 - 2.000), a Estée Lauder (2.000), o Fed Ex (900), Wal Mart (700-800), a empresa de softwares americana Compuware (250), a Foster Architeture (300), o Putnam Investments (260) e a US Airways (233).

Além disso, a GM anunciou a oferta de pacotes de demissão para seus trabalhadores de 22h semanais; a Nike considera cortar 1.4000 empregos e a Starbucks aponta que cortará 1.000 como início de um corte de 7.000 trabalhadores.

Conjuntamente com o corte de 10.000 trabalhadores, a GM anunciou que fará cortes nos salários dos trabalhadores que restarem, além de reduzir os benefícios de saúde e segurança, entrando na numerosa lista das empresas que impõem reduções salariais e cortes nos benefícios dos trabalhadores.

O Departamento do Comércio dos EUA relatou, inesperadamente, que as vendas no país cresceram 1% em janeiro. Mesmo assim, se comparadas com janeiro de 2008, a queda é de quase 10%.

A onda de execução de hipotecas continua inabalada no país. Segundo um relato da RealtyTra,c as execuções de hipotecas ultrapassaram os 250.000 pelo décimo mês consecutivo em janeiro. Um total de 274.399 proprietários receberam uma notificação somente neste mês.

[traduzido e editado por movimentonn.org]