Publicado originalmente em inglês no wsws.org em 29
de Setembro de 2007
Esta é a segunda parte de uma entrevista de duas
partes conduzida por Fred Mazelis do Socialist Equality Party
(Partido da Igualdade Socialista SEP, na sigla em inglês)
com Bryan Palmer, o autor de James P. Cannon and the Origins of
the American Revolutionary Left, 1890-1928 [James P. Cannon e
as Origens da Esquerda Revolucionária na América,
1890-1928], o primeiro volume da nova biografia do comunista americano
pioneiro e posteriormente fundador e líder do movimento
trotskista na América.
Fred Mazelis: Qual sua resposta para a acusação
de que a ação de Cannon em 1928 era uma espécie
de jogada carreirista? Que sua facção havia chegado
a um beco sem saída dentro do PC e que ele era motivado
por uma procura de poder pessoal?
Bryan Palmer: Eu ouvi essa acusação e
ela me deixa estupefato. Parece-me uma das avaliações
mais idiotas que já escutei porque assume que, para uma
pessoa com as habilidades de Cannon, que eram muitas e variadas,
a vida como um revolucionário profissional era uma "carreira".
Era um compromisso, e um compromisso nada bem remunerado. Além
disso, sugerir que se tornar um trotskista da esquerda revolucionária
no final da década de 1920 era um movimento calculado na
direção do ascenso de carreira é realmente
algo difícil de explicar. Se era uma jogada de carreira,
era uma jogada de carreira em direção ao inferno.
A vida era muito difícil para Cannon depois que foi
expulso do Partido Comunista. Estou convencido de que Rose Karsner,
a companheira de Cannon, teve uma crise imediatamente após
a expulsão deles do PC. Eram ambos revolucionários
profissionais, empregados pelo partido, e não recebiam
mais seu pagamento. Perderam o contato com a maior parte de seus
amigos, e eram escorraçados por seus velhos camaradas.
Viviam em condições espartanas, com quase nenhum
conforto ou possessões materiais; Rose e Jim tinham três
filhos para sustentar e mal conseguiam ganhar o suficiente. Seu
tempo, seu dinheiro, sua energia tudo ia para a construção
do trotskismo: publicar um jornal, imprimir traduções
do trabalho de Trotsky, trocar correspondências com potenciais
militantes.
Cannon passou de figura importante em uma organização
razoavelmente grande a líder de 100 apoiadores que precisaram
implorar que uma velha impressora Wobbly fizesse sair a primeira
edição de seu jornal, o Militant. Eles viviam atrás
de centavos. Dizer que isso era uma jogada de carreira é
ridículo. Os primeiros anos do movimento trotskista foram,
como Cannon descreveu, dias de cão.
FM: Cannon esperava uma resposta melhor das fileiras
do PC quando foi expulso?
BP: Penso que ele definitivamente esperava. É
por isso que, por vários anos, os trotskistas americanos
se chamavam Liga Comunista da América (Oposição)
[Communist League of America (Opposition)]. Eles continuaram a
fazer seus apelos quase exclusivamente às fileiras do comunismo
americano. Tentavam vender suas publicações aos
membros do PC. Cannon acreditava que haveria uma resposta das
fileiras e mesmo de alguns dos líderes, que eram revolucionários
e poderiam ser ganhos para o renascimento do programa revolucionário.
Ele achava que os olhos deles estavam fechados, mas não
completamente.
Boa parte da crítica programática de Trotsky
simplesmente não era conhecida pelas fileiras do PC. Os
membros também nada sabiam sobre o número crescente
de revolucionários dentro da União Soviética
que já havia sido objeto de agressão física
ou algo pior. Cannon tinha convicção de que a verdade
sobre a crítica de Trotsky, assim como outros desenvolvimentos
que seriam conhecidos, encontrariam um público dentro das
fileiras do comunismo americano.
E, de fato, num primeiro momento, parecia que isso poderia
ser verdade. Quando Cannon e um punhado de outros foram expulsos
foi possível por um breve período vender o Militant
às fileiras do Partido Comunista. A liderança de
Lovestone não sabia como responder.
Então começaram as expulsões adicionais.
Cannon e seus co-pensadores mais próximos ganharam politicamente
um punhado de militantes. Outros foram expulsos do PC porque se
recusavam a denunciar Cannon. Eles não compreenderam as
questões envolvidas, mas a expulsão os jogou na
Oposição. Os stalinistas não usaram de táticas
mafiosas imediatamente. Primeiro expulsaram os que não
se alinhavam a eles, mas não tentaram espancá-los
ou intimidá-los fisicamente. Isso só durou um tempo.
Então a liderança do Partido Comunista recorreu
aos socos ingleses e facas. Em Chicago e Minneapolis gangues de
capangas foram enviadas para desmontar fisicamente os encontros
da Oposição. Cannon e outros então perceberam
que seria uma luta muito mais dura do que se pensava. Você
não poderia culpá-lo, já que tudo isso era
novo território nos Estados Unidos e nada se tornou claro
imediatamente.
A Oposição fez recrutas importantes durante esses
primeiros dias, especialmente em Minneapolis e Chicago. Chicago
viu o desenvolvimento de quadros oposicionistas nos círculos
sindicais, onde os irmãos Dunne (não Bill, infelizmente,
que continuou com os stalinistas) e outros se reuniram a Cannon.
Em Chicago, militantes importantes no setor da juventude incluíam
Albert Glotzer.
FM: Como o stalinismo controlou os lados mais fracos
do radicalismo americano?
BP: Não há qualquer dúvida em minha
mente nem havia na de Cannon após ter passado por
aquela experiência que um dos modos de operação
do stalinismo em meados da década de 1920 era trabalhar
no enfraquecimento das lideranças de PCs nacionais. Era
realmente benéfico para Stalin e o stalinismo que houvesse
uma direção do Partido Comunista Americano fragmentada
em facções, sempre fora de equilíbrio, e
onde nenhuma liderança poderia emergir como dominante.
Mesmo quando uma das facções indicava que seguiria
a linha do Comintern, Stalin mantinha a outra como reserva, uma
carta na manga para a caso de alguém sair dos trilhos.
Foi o caso de Foster, Lovestone e Browder. Browder acabou como
o maior beneficiário, do ponto de vista pessoal. Se você
se perguntasse sobre quem deveria estar liderando, Foster tinha
a maior proeminência pública entre os líderes
e a maior autoridade em diversos círculos. Ele foi, porém,
basicamente destruído pelo Comintern stalinista no final
da década de 1920 e no começo da de 1930. Entre
todos os líderes de 20, Browder era provavelmente o mais
fraco, e foi precisamente por isso que Stalin e o Comintern eventualmente
o promoveram. No final, porém, Browder também teve
de ser disciplinado.
Quaisquer que fossem os problemas de Foster, e eram muitos,
ele foi capaz de desafiar Moscou algumas vezes no final da segunda
metade da década de 20 por exemplo no caso de seu
repúdio a Pepper, que funcionava em parte como um emissário
de Moscou. Mas se opor a Stalin não era mais possível
para os comunistas dos Estados Unidos na época da expulsão
de Cannon em 1928. Você era obrigado a assumir as posições
do Comintern e, se não assumisse, pagava um preço
alto. Foster é um claro exemplo, já que, enquanto
não pôde romper em definitivo com o stalinismo, também
achava difícil viver sob seu peso. Acabou tendo um colapso
nervoso no início dos anos 30.
FM: Você pode comentar essa questão discutindo
as próprias tradições do radicalismo e do
trabalhismo americanos, suas fraquezas em termos de provincianismo
e nacionalismo?
BP: Essa é uma ótima e também difícil
questão. Acho que ela pede muito mais pesquisa e sondagem
sobre os bolcheviques americanos e seus pontos fracos. Certamente,
tais pontos fracos existiam. Uma área onde isso é
evidente, por exemplo, diz respeito aos primeiros comunistas americanos
e a importância dos afro-americanos em termos de trabalho
negro e opressão racial nos Estados Unidos. Essa não
era, é claro, uma questão nova. Esteve presente
por gerações e o próprio Marx entendia bem,
na véspera da Guerra Civil Americana, que o trabalho dos
brancos jamais seria livre enquanto o trabalho dos negros fosse
marcado a ferro. Ainda assim, a esquerda americana de antes da
formação do movimento comunista nos anos 20 tinha
um péssimo histórico em termos de suas posições
sobre afro-americanos a "questão negra,"
na terminologia da época. O Partido Socialista abrigava
racistas, por exemplo, e mesmo uma figura reconhecida como Debs
tinha visões atrasadas sobre raça. Sindicatos dentro
dos quais muitos socialistas trabalhavam freqüentemente tinham
cláusulas de exclusão de negros. A noção
de que os afro-americanos não eram meramente mais uma seção
da classe trabalhadora explorada, de que os revolucionários
marxistas precisavam apontar as questões específicas
e especiais da América negra oprimida, era raramente colocada
no início do movimento socialista do século XX.
Aqui, precisa ser dito, foi onde o Comintern, em seus saudáveis
primeiros dias, guiou os comunistas americanos ao entendimento
da importância de se dirigirem aos afro-americanos em geral
e à força de trabalho negra em particular. Eles
convenceram Cannon e outros comunistas dos Estados Unidos de que
essa era uma área crítica onde revolucionários
precisavam dispensar esforços teóricos e práticos.
E algumas medidas nesse sentido foram tomadas do início
até meados da década de 20, mas os ganhos que poderiam
ter se consolidado logo se dissipavam conforme o trabalho comunista
entre os negros era convertido em um jogo entre facções,
com a pressão do stalinismo que empurrava para certas direções.
Isso foi bem evidente em termos de lapsos programáticos
enquanto o stalinismo promoveu a tese da "nação
do cinturão negro" que fez a aproximação
do comunismo americano com os afro-americanos colapsar num cul-de-sac
nacionalista. Cannon e outros trotskistas, educados sobre o ponto
cego racial das tradições do socialismo e do IWW,
foram lentos em criticar a tese da nação do cinturão
negro, mas, por fim, em 1933, desenvolveram um argumento afiado
contra ela.
Havia, é claro, outras limitações. Um
motivo da demora de Cannon em desenvolver uma critica ao stalinismo
era que, em boa parte da década de 20, ele esteve condicionado
a ver os problemas do comunismo americano como pura e simplesmente
problemas americanos. Havia uma explicação para
isso. Como Cannon gostava de dizer ao relembrar esse período,
seus oponentes faccionais eram filhos da puta difíceis.
Esses oponentes freqüentemente recorriam ao liso verbalismo
pseudo-revolucionário cosmopolita de agentes do Comintern
como John Pepper. Quando você juntava as capacidades de
Pepper com as manobras por baixo dos panos e as negociações
duplas de Lovestone, você tinha um problema. Cannon acabou
imerso nesses problemas e provavelmente prestou pouca atenção
no que pareciam dificuldades distantes do trabalho do Comintern
na Alemanha de 1923 e na China de 1926. Assimilar as lições
dessas derrotas teria sido central para a compreensão de
como o Comintern estava dando errado, mas Cannon, como tantos
outros no movimento dos Estados Unidos, simplesmente não
captou isso.
Isso, então, era um provincianismo. Se era ou não
nacionalismo eu não tenho certeza. Quando você considera,
por exemplo, o trabalho de agitação que Cannon e
seus aliados fizeram na organização Internacional
Labor Defense (Defesa Internacional do Trabalho, ILD na sigla
em inglês), é difícil ver algum tipo de nacionalismo
retrógrado em movimento. A ILD foi a mais bem sucedida
organização de frente única do movimento
comunista e defendeu todos os prisioneiros políticos vitimados
pelo Estado. Muito do seu maior trabalho foi feito em prol dos
operários imigrantes, muitos dos quais ameaçados
de serem deportados de volta aos estados europeus onde o governo
da reação teria ditado suas mortes.
Alguns comunistas dos primeiros tempos, especialmente aqueles
atraídos pela clandestinidade dos anos pré-1921,
achavam que Cannon era chauvinista em sua crítica aos líderes
estrangeiros nas federações, especialmente o contingente
russo. Mas, na minha opinião, Cannon estava absolutamente
correto em tentar afastar esses "oportunistas" das federações
com suas posições de que não havia necessidade
de construir um partido e um movimento comunista legal na América.
Esses líderes eram de fato bem versados na teoria marxista
e tinham um papel fundamental para desempenhar na construção
do comunismo americano, mas cultivavam um "clandestinismo"
isolador que era avesso à construção do comunismo
na América. Cannon sabia bem disso e, certamente, os cabeças
do Comintern, incluindo Lênin e Trotsky, concordavam.
FM: Você pode dizer algo sobre a situação
política e econômica dos Estados Unidos nessa época,
na década em que o Partido Comunista estava passando por
esses tempos dificílimos?
BP: Absolutamente, isso foi crucial. De certa maneira,
meu próprio estudo sobre Cannon compreensivelmente acentua
a dimensão subjetiva da luta para a criação
de um partido comunista. Era o que Cannon estava fazendo, afinal
de contas. E por isso considero ele uma figura importante. Sabemos
que erros foram cometidos, que Cannon tinha pontos fortes, mas
também pontos fracos.
Não devemos esquecer como foram bastante difíceis
os tempos em que Cannon viveu. Apenas considere os negativos:
1) o clima de guerra e intensa hostilidade perante a Revolução
Russa nos anos de antes da formação do Partido dos
Trabalhadores (Workers Party) em 1921 desencadearam uma viciosa
xenofobia que atacava estrangeiros de países inimigos e
bolcheviques; 2) isso culminou no Red Scare de 1919-1920, que
viu deportações de revolucionários e imigrantes;
brutal supressão de greves, algumas delas Greves Gerais;
organizações radicais como a IWW; uma campanha judicial
de terror contra a esquerda, mirando especialmente o movimento
comunista clandestino; 3) quando o Red Scare original acalmou,
o período pós-guerra até a década
de 1920 produziu uma década de desequilíbrio econômico
que causou o declínio dos sindicatos e a hegemonia do capital
nos EUA se fortaleceu consideravelmente. O comunismo cresceu na
década de 20 num clima de retirada geral da esquerda americana.
A ampla cultura de radicalismo associada com o Partido
Socialista no campo eleitoral e com a IWW nas greves de massa,
campanhas pela liberdade de expressão e outras iniciativas
dos anos entre 1905 e 1915 havia desvanecido e, se parte
dessas experiências produziu uma clareza de compromisso
programático com a luta de classes, também criou
dificuldades para os comunistas. De um lado, a própria
criação do partido comunista e sua identificação
programática com a Revolução Russa era um
imenso passo adiante para a classe trabalhadora dos Estados Unidos.
De outro, a década de 1920 na qual isso ocorreu era, em
termos gerais, caracterizada pela hegemonia capitalista em avanço,
o que se expressava em lucros ascendentes, intensificação
da exploração e consolidação da autoridade
política nas mãos de oponentes da Revolução.
O Klan estava em marcha novamente, linchamentos racistas estavam
em alta, e Sacco e Vanzetti, apesar das mobilizações
de protesto lideradas por Cannon e muitos outros, foram para a
cadeira elétrica a mando do Estado. Nas eleições
viu-se a conta de votos para candidatos dissidentes de todas as
estirpes cair e, até 1929, quando a economia quebrou, a
noção ideológica era que a América
estava num passeio de montanha-russa que terminava na riqueza
para todos.
Portanto os ganhos que Cannon e outros acumularam, eu penso,
foram monumentais. E eles provaram que, mesmo no mais reacionário
dos climas políticos, revolucionários guiados por
um programa político podem nadar com sucesso contra a corrente.
Indubitavelmente, o mais importante evento que mostrou o caminho
a ser seguido nesse período foi a Revolução
Bolchevique de 1917.
FM: Com que tipo de dificuldades você se deparou
no decurso de seu projeto?
BP: Como eu disse, foi uma tarefa gigante e intimidadora.
Passar pelo material não foi fácil. Analisar contextos
complicados, nos quais as posições de Cannon e do
movimento comunista eram sempre equilibradas sobre complexos jogos
de interações que incluíam a influência
do Comintern, relações do Partido Comunista americano,
o estado político da luta sindical e outras questões,
nunca foi simples. Além do mais, escrever tudo isso, quando
eu sabia que as editoras relutariam em incluir todo o detalhe
que eu pensava ser necessário, não foi uma tarefa
fácil.
Eu realizei muitas entrevistas e elas serão de maior
utilidade no segundo volume que no primeiro. É claro que
as lembranças de pessoas com 70, 80 e 90 anos estão
longe de serem perfeitas. Eu sempre usei o registro documental
para retornar ao passado e checar por incongruências e,
desse modo, conduzir entrevistas depende de conhecer o contexto.
As entrevistas eram muitas vezes úteis e suplementares
ao registro documental, mas foi o registro documental que eu achei
mais importante considerar. Apesar disso, devo dizer que fazer
as entrevistas também foi um ponto alto. Encontrei-me com
muitos trotskistas experientes que eram pessoas maravilhosas e
a maioria foi muito generosa em me deixar usar o material em seus
sótãos e porões. Não posso expressar
adequadamente minha gratidão a essas pessoas.
Um problema é que há uma enorme quantidade de
material arquivado espalhado pelos Estados Unidos e nos arquivos
do Comintern. Num certo ponto você precisa sentar e escrever,
ou a pesquisa pode continuar indefinidamente e nem sempre com
resultados que valham a pena. Uma dificuldade que tive foi em
determinar quando finalizar a pesquisa nos arquivos. Depois de
um tempo se tornou evidente para mim que, na busca por mais material
de arquivo, eu estava simplesmente vendo os mesmos documentos
de novo e de novo. Cannon e seus aliados não viveram em
uma era de fotocópias e emails. Mas eles de fato usaram
cópias de carbono digitadas, e me impressionou como tantas
dessas cópias foram parar nas mãos de vários
camaradas.
Eu comecei a pesquisa para o livro em 1993. Gastei sólidos
sete anos em pesquisa, que completei para ambos os volumes. Então
comecei a escrever. O primeiro rascunho do primeiro volume foi
escrito em 2002-2003. A imprensa da Universidade de Illinois,
uma grande imprensa universitária no campo dos estudos
do trabalho, expressou interesse, mas havia um problema, que eu
sempre soube que teria, quanto ao tamanho do manuscrito. Tive
de cortar cerca de 60 ou 70 mil palavras, talvez 20 por cento
do livro, incluindo muitas notas de rodapé. Negociar esses
cortes foi, eu penso, a parte mais difícil do projeto.
FM: Quais são os seus projetos futuros?
BP: Minha posição na Universidade de Trent
é de Cátedra de Pesquisa do Canadá. Esperam,
portanto, que eu faça alguma pesquisa sobre o Canadá!
Não que eu seja resistente a isso. Estou trabalhando num
livro sobre o Canadá da década de 1960. Lida com
muitos apsectos, mas incluirá discussões sobre a
Nova Esquerda de Quebe,c o emergir do nacionalismo radical, e
o nascimento do Poder Vermelho e da militância aborígine.
Quero publicar esse livro e, depois, sentar e escrever o segundo
volume sobre Cannon, que provisoriamente tem o título Soldier
of the Revolution: James P. Cannon and American Trotskyism
[Soldado da Revolução: James P. Cannon e o Trotskismo
na América, 1928-1974]".