Greve dos funcionários públicos de Santiago Chile30 Noviembre 2006Utilice esta versión para imprimir | Enviar por e-mail | Comunicar-se com o autor Desde o dia 22 de novembro, os funcionários públicos de Santiago estão em greve, em conseqüência do fracasso das negociações com o governo chileno. Os fiscais, organizados em torno da Anef (Associação Nacional de Empregados Fiscais), que reúne 76 mil trabalhadores, reivindicam 6,8 % de reajuste salarial, estabilidade no emprego, plano de carreira, direito de realizar negociações coletivas, de fazer greve e de eleger os chefes do Instituto de Normalização da Previdência (INP) e das Administradoras de Fundo de Pensões (AFP). Após as negociações realizadas na última segunda-feira, dia 20 de novembro, o governo ofereceu um reajuste salarial de 5,2%, além de um bônus de 100.000 pesos (cerca de 400 reais) para os trabalhadores que recebem salários abaixo de 400.000 pesos (cerca de 1.600 reais). Os representantes da Anef defendem a continuidade da greve. Na quinta-feira, dia 23 de novembro, os fiscais fizeram uma passeata de caráter pacífico, cuja única intenção era entregar uma carta à presidente Bachelet expondo suas reivindicações. Entretanto, em setembro, Bachelet havia proibido as manifestações nas proximidades do Palacio de la Moneda, sede do governo chileno. A proibição foi decretada após as manifestações ocorridas no dia 11 de setembro deste ano, realizadas em repúdio ao golpe militar instaurado pelo General Augusto Pinochet, em 1973. Neste ato, os manifestantes atearam fogo em parte do Palácio do Governo. Mesmo sabendo da proibição, os fiscais e mais 500 funcionários do INP dirigiram-se ao Palácio, enfrentando os policiais de Bachelet. Os trabalhadores foram dispersados por jatos d'água. O confronto resultou na prisão de 28 trabalhadores, além da internação de um manifestante com graves problemas nos olhos devido ao impacto frontal da água. |