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PSG (Partei für Soziale Gleichheit) admitido nas eleições parlamentares em Berlin

27 de julho de 2006

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[Traduzido da página alemã do WSWS, de 25 de julho de 2005].

Em sessão realizada na sexta-feira passada a comissão eleitoral do país confirmou a admissão do Partido pela Igualdade Social (PSG) na eleição parlamentar de Berlin em 17 de setembro. Avaliou-se que a lista de candidaturas do PSG foi apresentada na “forma e prazo legais”, ao mesmo tempo, que obteve 2200 assinaturas de apoio certificadas, conforme havia exigido a comissão.

No total foram admitidos 23 partidos para as eleições parlamentares. Com isto, mais partidos aparecem nesta lista do que nas eleições berlinenses anteriores, desde 1990, disse Andréas Schmidt von Puskás. O recorde de participação até agora foi no ano de 1995, quando se apresentaram 17 partidos para as eleições. Nas últimas eleições em 2001 havia somente 13.

A junta eleitoral recusou oito partidos, quatro porque não tinham apresentado o número necessário de assinaturas de apoio e outros quatro porque faltavam elementos formais, a saber, haviam abandonado a proposição de candidatura, mas não haviam formalmente realizado o cancelamento.

Entre os partidos admitidos encontra-se uma série de organizações de direita, como os Republicanos, o NPD (Partido Nacional Democrático da Alemanha) e o PRO, (Partido da Ofensiva Constitucional).

A única candidatura de esquerda, realmente independente, é a do PSG. Pois, do lado da esquerda apresentaram ainda candidatura o Linkspartei, Partido da Esquerda-PDS (partido socialista democrático) - que nos últimos anos participou do senado e que devido à sua política anti-social é bastante odiado -, e a Alternativa Eleitoral Trabalho e Justiça Social (WASG - Wahlalternative Arbeir und Soziale Gerechtigkeit), que, apesar de criticar o Partido da Esquerda-PDS, apóia a construção deste partido em escala nacional.

Todos os outros partidos, como o Partido Comunista Alemão (DKP) e o maoísta MLPD, propuseram filiar-se ao Partido da Esquerda-PDS. No caso do MLPD, no entanto, o pedido de admissão foi recusado.

Com a inscrição nas eleições começa agora para o PSG uma luta eleitoral intensa porque pretende discutir e tornar clara a urgência de uma perspectiva socialista. Ao mesmo tempo, o PSG insiste que as eleições de Berlin devem ser vistas em conexão com as profundas transformações referentes à situação internacional. As brutais agressões de Israel sobre o povo do Líbano e dos territórios palestinos e os ataques militares tentados na destruição da infraestrutura do país, fazem que o Oriente Próximo esteja à beira de uma guerra de enormes proporções.

O fato de que a chanceler Angela Merkel e seu ministro do exterior Steinmeier tenham se posicionado em apoio incondicional à política de guerra israelense-americana é politicamente criminoso. Eles fortalecem assim os elementos mais reacionários na política internacional e os encorajam a novas aventuras militares com conseqüências devastadoras. Com relação a isto, já se fala hoje abertamente que os ataques militares poderiam ser estendidos à Síria e ao Irã.

Nesta situação, a mobilização da classe trabalhadora sobre a base de uma perspectiva socialista ganha um significado fundamental.

O Partido pela Igualdade Social (PSG) participa com este ponto de vista nas eleições ao parlamento de Berlin. Em seu manifesto eleitora se pode ler: “Consideramos nossa participação nas eleições em Berlin como um passo importante para a construção de um partido internacional, que lute contra a guerra, que defenda os direitos democráticos, igualdade social e que lute pela erradicação da miséria”.

O PSG insiste na relação estreita entre as questões sociais e a luta contra a guerra e escreve em seu manifesto eleitoral: “Nosso objetivo não consiste em reformar o capitalismo ou mendigar ajuda, mas sim, substituí-lo por um sistema socialista, em que a economia atenda às necessidades da população trabalhadora e não aos interesses de uma oligarquia financeira e à cobiça de conglomerados patronais”.

A candidatura do PSG dirige-se diretamente contra a política oportunista do Partido da Esquerda-PDS, que é o responsável direto pela decadência social dos últimos anos, e contra o WASG que, na verdade, embora criticando esta política, sustenta a construção do Partido da Esquerda-PDS em escala nacional.

No mesmo manifesto eleitoral o PSG ainda declara: “Uma iniciativa socialista séria no parlamento de Berlin, que se oponha corajosamente às associações econômicas e seus lobbys, que chame as coisas pelos seus nomes e que mobilize a população para uma transformação social radical teria um resultado totalmente diferente do que os lamentos covardes sobre a inevitabilidade, sempre renovada e sempre em maior escala, de cortes sociais trabalhistas, emanando dos que se pretendem de esquerda, mas que sempre fazem o papel de agentes camuflados da direita”.

No seu manifesto eleitoral, o PSG conclama todos a comparecerem a suas reuniões, a seus próximos comícios eleitorais e a discutirem com os candidatos do partido.